segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Um Beijo Indesejável, pág 2



respostas, de maneira que não fosse ludibriada com palavras de duplo sentido. Sua missão era fazer com que Régulo percebesse que eles não estavam brincando, e não ser tapeada pelo boneco.
Escórpio seria o policial durão. Nunca estaria satisfeito com as resposta de Régulo e, de vez em quando, iria ameaçá-lo, somente para que Régulo tivesse certeza de que eles não necessitavam urgentemente de suas respostas (o que era mentira, porque eles necessitavam), e também para mostrar a ele quem estava no controle.
Alvo, por fim, assumiria o papel do policial bom. Ele daria voz a Régulo e mostraria que suas informações são valiosas, também mostraria que ele poderia confiar nos três e seria ele, Alvo, responsável por dar ordens a Régulo e impedir que ele se rebelasse.
– Pode se dizer que sim – respondeu Régulo, ainda desconfiado de Rosa e Escórpio.  – Não sou tão real quanto os shabti que Hanbal escreveu em seu livro, mas sou uma imitação bem convincente. Feitiço de Animação, foi o que ele usou em mim e em todos os meus outros dezenove irmãos. Outras magias foram utilizadas: azarações, encantos e um punhado de maldições também. Resumindo, sou um prêmio de consolação, uma vez que os egípcios o negaram possuir uma coletânea própria de bonecos de cera. Pronto, terminamos?
– Nós mal começamos, tampinha – disse Escórpio com uma risada forçada de desdém, Alvo quis rir da interpretação do amigo, mas isso estragaria seu papel. – Se você é “aquele que procura”, então pode ir até a cozinha e nos trazer um sanduíche ou umas Tortinhas de Abóbora.
– Não sou um elfo doméstico, seu folgado! – Régulo cruzou os braços e deu as costas para Escórpio. – Humanos folgados! Sempre esperam que nós façamos o trabalho todo. Mesmo que possam fazer, por que não jogar tudo nas costas do pobre shabti?! Quer um sanduíche loirinho, mexa seu corpo não mutilado é vá fazer um!
– Vai ficar lembrado que está sem as pernas toda vez que for possível? – Alvo perguntou, ligeiramente incomodado com o fato de Régulo frisar aquele ataque.
Você cortou minhas pernas! – ele gritou. – Esperava que depois de algumas horas eu já teria esquecido e tudo estaria às mil maravilhas! Nem pensar!
– Eu não me arrependo – contradisse Alvo, elevando o tom de voz. – Me mataria se eu não tivesse arrancado suas pernas e você tivesse a oportunidade ideal para fazê-lo.
– Não me dê falsas esperanças!
– Calados! – Rosa interveio, com fervor. – Não vamos nos desconcentrar do motivo principal por estarmos aqui. A segunda pergunta deve ser mais difícil para você, ah, Régulo... Você sabe quem foi que conjurou o Percimpotens Locomotor aqui em Hogwarts?
– Eu não teria como saber. Não há registros com o nome do bruxo ou da bruxa – Régulo admitiu. – Se o ataque tivesse ocorrido há, digamos, quarenta anos e houvesse registros com o nome do indivíduo eu responderia, mas ninguém sabe a identidade desse maldito. Eu respondo dúvidas que possuem respostas... 
– Então, como exemplo – Rosa começou a laçar seu indicador por entre seus cabelos ruivos. Alvo sabia que ela estava bolando uma boa pergunta, pois era assim que ela sempre se comportava quando estava prestes a fazê-lo – se há vinte e cinco

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