respostas, de maneira que não fosse ludibriada com
palavras de duplo sentido. Sua missão era fazer com que Régulo percebesse que
eles não estavam brincando, e não ser tapeada pelo boneco.
Escórpio seria o policial durão. Nunca estaria
satisfeito com as resposta de Régulo e, de vez em quando, iria ameaçá-lo,
somente para que Régulo tivesse certeza de que eles não necessitavam
urgentemente de suas respostas (o que era mentira, porque eles necessitavam), e
também para mostrar a ele quem estava no controle.
Alvo, por fim, assumiria o papel do policial bom.
Ele daria voz a Régulo e mostraria que suas informações são valiosas, também
mostraria que ele poderia confiar nos três e seria ele, Alvo, responsável por
dar ordens a Régulo e impedir que ele se rebelasse.
– Pode se dizer que sim – respondeu Régulo, ainda
desconfiado de Rosa e Escórpio. – Não
sou tão real quanto os shabti que
Hanbal escreveu em seu livro, mas sou uma imitação bem convincente. Feitiço de
Animação, foi o que ele usou em mim e em todos os meus outros dezenove irmãos.
Outras magias foram utilizadas: azarações, encantos e um punhado de maldições
também. Resumindo, sou um prêmio de consolação, uma vez que os egípcios o
negaram possuir uma coletânea própria de bonecos de cera. Pronto, terminamos?
– Nós mal começamos, tampinha – disse Escórpio com
uma risada forçada de desdém, Alvo quis rir da interpretação do amigo, mas isso
estragaria seu papel. – Se você é “aquele
que procura”, então pode ir até a cozinha e nos trazer um sanduíche ou umas
Tortinhas de Abóbora.
– Não sou um elfo doméstico, seu folgado! – Régulo
cruzou os braços e deu as costas para Escórpio. – Humanos folgados! Sempre
esperam que nós façamos o trabalho
todo. Mesmo que possam fazer, por que não jogar tudo nas costas do pobre shabti?! Quer um sanduíche loirinho,
mexa seu corpo não mutilado é vá fazer um!
– Vai ficar lembrado que está sem as pernas toda
vez que for possível? – Alvo perguntou, ligeiramente incomodado com o fato de Régulo
frisar aquele ataque.
– Você
cortou minhas pernas! – ele gritou. – Esperava que depois de algumas horas
eu já teria esquecido e tudo estaria às mil maravilhas! Nem pensar!
– Eu não me arrependo – contradisse Alvo, elevando
o tom de voz. – Me mataria se eu não tivesse arrancado suas pernas e você
tivesse a oportunidade ideal para fazê-lo.
– Não me dê falsas esperanças!
– Calados! – Rosa interveio, com fervor. – Não
vamos nos desconcentrar do motivo principal por estarmos aqui. A segunda
pergunta deve ser mais difícil para você, ah, Régulo... Você sabe quem foi que conjurou o Percimpotens Locomotor aqui em Hogwarts?
– Eu não teria como saber. Não há registros com o
nome do bruxo ou da bruxa – Régulo admitiu. – Se o ataque tivesse ocorrido há,
digamos, quarenta anos e houvesse registros com o nome do indivíduo eu
responderia, mas ninguém sabe a identidade desse maldito. Eu respondo dúvidas
que possuem respostas...
– Então, como exemplo –
Rosa começou a laçar seu indicador por entre seus cabelos ruivos. Alvo sabia
que ela estava bolando uma boa pergunta, pois era assim que ela sempre se
comportava quando estava prestes a fazê-lo – se há vinte e cinco
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