domingo, 23 de junho de 2013

Percimpotens Locomotor, pág 8



Lívio era tímido demais para fazer metade do que Escórpio fazia. E mesmo sendo muito amigo de Alvo, ele preferia ficar mais tempo com José e Kevin, que também eram mais recatados e menos aventureiros do que Alvo.
E o único amigo que queria ficar mais com Alvo, mas ele fazia o possível para se manter distante, era Ash.
– Você não pode fugir do menino para sempre – disse Rosa durante uma aula de Poções no momento em que eles repetiam as instruções do Prof Slughorn para como cortar ovas de sapo com uma adaga de cobre de uma maneira a perder menos seiva. – Ele é só um garotinho do primeiro ano, Al. Não pode dar tanta dor de cabeça.
– Então tente explicar a ele tudo sobre o mundo da magia e na velocidade que ele deseja – respondeu o menino tentando impedir que a ova do sapo escorresse para fora da mesa onde preparava sua poção. – E também tenha vontade de entender tudo o que ele fala sobre eletrônica trouxa.
– Ah, não deve ser tão ruim – falou a prima pingando sete gotas da seiva das ovas do sapo dentro de seu caldeirão. – Era assim que o vovô me botava para dormir quando eu tinha seis anos.
– Eu sei, era assim que ele fazia comigo também. Mas o vovô fazia tudo parecer mais fácil, enquanto Ashton faz tudo parecer muito mais difícil.
– Se vocês quiserem, eu posso tentar engajar ele nos Malignos – se ofereceu Agamenon, que agora fazia trio com eles depois que Escórpio pedira formalmente para trocar de grupo. Agora ele fazia trio com Isaac, que aceitava de antemão qualquer um que soubesse mais sobre Poções do que ele, e Lana, a qual não fazia distinção de quem sentava ao seu lado. – Alguns garotos foram reprovados nos testes, e ainda precisamos de pessoal. Mesmo ele sendo da Sonserina é capaz de ter uma chance se tiver seu aval, Al. Sem falar que seria uma boa companhia pro Ralf.
Alvo estudou aquela oferta tentadora, mas negou com a cabeça. Não poderia fazer aquilo com Ashton, e nem com os Malignos.
– Até seria uma boa, mas eu não vejo Ash se dando bem com vocês – respondeu ele encarando com uma mirada surpresa quando sua poção, ao invés de se tornar esverdeada, se tornou cinza e começou a borbulhar. – Deixem que eu dou um jeito nele. Ah, Agamenon, será que você poderia me dar uma ajudinha aqui?
A única coisa que talvez pudesse melhorar os ânimos de Alvo que ainda estavam conturbados com a quantidade de deveres de casa, as excessivas dúvidas de Ashton com relação a praticamente tudo e seu maior afastamento com Escórpio eram os treinos de Quadribol. Porém estes ficaram quase que insuportáveis quando todos descobriram que o esquadrão perfeito de Erico não seria implantado, e que eles teriam um elo fraco no grupo e que precisaria de muito mais atenção.
A posição de Keaton Birkenhead estava mais que confirmada na escalação oficial da equipe, o problema era na posição de goleiro.
O que melhor se destacara nos treinos foi um garoto do quarto ano chamado Patrício Doyle, que sem sombra de dúvidas era o melhor indicado para ocupar a vaga deixada por Nico no time. Entretanto, Doyle era um exímio leitor de runas e fazia parte do Clube das Runas, uma organização informal que se reunia três vezes por semana para interpretar textos muitíssimos complexos escritos inteiramente em runas, e suas reuniões por muitas vezes calhavam com as datas que Erico

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