– Na tarde do Dia das Bruxas, após você e Malfoy terminarem suas Azarações de Impedimento, eu aproveitei sua momentânea distração para retirar sua varinha de sua mochila. Epibalsa, ou seja, quem quer fosse, já havia armado um encontro comigo para discutir se poderia ou não se engajar junto a mim para procurar mais pistas sobre Ambratorix. Então bastou que você deixasse o Salão Principal para eu começar a enrolar o falso Epibalsa até sua chegada – Silvano fez uma pausa, onde soltou um pesado suspiro. Depois levou a mão à cabeça, como se estivesse latejando bastante. – Fui muito displicente com relação ao McNaught... Mas ele tinha o emblema. Achei que fosse um dos nossos.
– Um dos nossos? – indagou Rosa arregalando as sobrancelhas.
Silvano pareceu não a escutar. Enfiou a mão no bolso lateral das vestes e retirou um broche revestido com ouro, esculpido com três varinhas de diferentes tamanhos em forma de “A”. Sobre a terceira, e menor varinha, a única em horizontal, repousava um Olho de Tigre meio avermelhado.
– É a identificação dos seguidores de Ambratorix – disse ele tateando o broche. – É o símbolo dos Caçadores.
– Caçadores? – repetiu Escórpio sem entender.
– A última informação que eu confiaria à Potter seria do pseudônimo mais famoso de Ambratorix – Silvano revirou os olhos, até repousar sobre o diário. – Foi muito engenhoso de sua parte, Potter, perguntar sobre O Conto do Bruxo Linguarudo para Julieta. Mas, antes de Epibalsa notar sua presença, eu pretendia revelar o nome mais famoso que Ambratorix criara. Ele praticamente extinguira o nome, e passara a se chamar apenas d’ O Caçador de Destinos. Daí, seus seguidores e apoiadores se tornaram os Caçadores – Rosa soltou uma exclamação, abafada apenas por suas mãos que rapidamente cobriram a boca. – Você já sabe, não é Weasley?
– É assim que Maximino Ignilion rotula o aprendiz de Ravenclaw, e arquiteto chefe do castelo de Hogwarts.
– Ambratorix não fora aprendiz de Ravenclaw, embora essa lenda tenha se espalhado com grande velocidade. Mas sim. Ele construiu o castelo junto à Ravenclaw, e não como seu aprendiz.
– Mas como sabia que era eu naquela noite? – prosseguiu Alvo tentando não pensar muito no que acabara de ouvir. – Como sabia que não era outro aluno que entrara em sua sala?
– Primeiro porque nenhum outro aluno teria motivo para invadir a sala – respondeu o professor em tom de deboche. – Segundo, porque eu o vi. Potter, você sabe o que é aquilo?
Silvano apontava com a varinha para a cabeça empalhada de gnomo, repousada sobre a estante junto com o Espelho de Inimigos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário