Porém não foi Tito quem fora encarregado de interrogar a Alvo. O garoto estava no Salão Principal jogando Snap Explosivo com Tiago e Ralf quando dois aurores da mesma idade o abordaram. Um dos aurores era uma mulher. Tinha cabelos ruivos trançados que chegavam a tocar seus ombros. Um grampo de cabelo cor-de-rosa prendia firmemente uma de suas tranças, seus olhos eram verdes como de verduras frescas que acabavam de sair da terra. Suas vestes eram verdes esmeralda com listras combinado, o tecido parecia se fundir majestosamente em seu corpo escultural. A auror parecia ser uma jovem que acabara de sair de junto dos estagiários. Ao lado da bela auror estava um homem mais alto do que ela; tinha cabelos marrons como casca de madeira e grandes mãos rígidas. Seus olhos eram cinzentos como um dia de tempestade e seu rosto não poderia ser mais severo quanto àquele que aparentava naquele instante. Ele também não mostrava desleixo com relação em suas vestes. Elas deveriam ter sido escolhidas meticulosamente a dedo. As listras negras que se espalhavam pelas vestes combinavam com seu chapéu-coco negro. Ele também parecia não ter mais de trinta anos. Ambos se mostravam um par perfeito.
– Alvo Severo Potter – falou o auror em tom autoritário. – O senhor deverá nos acompanhar para depor sobre o assassinato do Sr Malcolm Prisco Baddock e da tentativa de assassinato dos senhores Rúbeo Hagrid, Escórpio Hipérion Malfoy e do seu próprio, Sr Potter.
– E quem seriam os senhores? – intrometeu-se Tiago saltando de sua cadeira. Tiago sempre ficava alerta quando se encontrava com aurores que ele não conhecia.
– Não os primarei de apresentações, senhor Tiago Potter – falou a auror sorrindo para Tiago e para Alvo. – Sou Raquel Burke. E este é meu marido Patrice Burke.
– Meu pai escalou vocês para me interrogar?
Raquel Burke, porém, não respondeu. A auror agachou-se até o tamanho de Alvo e encarou seus olhos verdes. Antes de falar ela lhe lançou um sorriso.
– Você tem bastante de seus pais em você, jovenzinho – ela inclinou a cabeça e olhou através de Alvo. A Srª Burke fitava Tiago. – O senhor também, Tiago. Ambos com grande potencial. Espero que se juntem a nós no Q. G.
– Raquel – pigarreou o Sr Burke apontando para seu relógio.
– Claro. Vamos, Alvo. Temos de cumprir com nossas ordens.
O Sr e a Srª Burke guiaram Alvo até uma sala vazia no primeiro andar. A sala, mesmo estando vazia naquele momento, parecia ser freqüentemente utilizada, pois não havia sinais de abandono. O único sinal de sujeira que Alvo conseguiu detectar fora uma leve película de poeira sobre o quadro-negro móvel. Nele, escrito em grandes letras de forma por um giz pequenino e frágil havia uma frase escrita, uma qual Alvo já ouvira várias vezes: “FUNDO DE APOIO A LIBERTAÇÃO DOS ELFOS”. Aquela era a sala que os membros da FALE usavam durante seus encontros semanais. Alvo vira uma lista recrutando novos membros presa no mural da sala
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