domingo, 11 de setembro de 2011

O Segredo de McNaught, pág 3

Mesmo com o frio que pairava sobre toda Hogwarts as estufas se mantinham quentes e, por algum motivo misterioso, muito mais aconchegante do que antes. Não era pela nova espécie que o Prof Longbottom cultivava com todo o cuidado que deixava as estufas com esse ar de aconchego. O Morangueiro Revoltado continuava com os nervos a flor do casco. Volta e meia, alguns morangos eram lançados contra alunos dispersos que mal tinham tempo de desviar das frutas utilizadas como balas. Sempre que Alvo passava pelo Morangueiro Revoltado junto de Escórpio e de Rosa, os dois garotos não perdiam tempo em lembrar Rosa do grande estrago que ela causara ao transformar o morango de Cameron em uma árvore com problemas de temperamento. Outra aluna que desprezava a nova aquisição de Neville era Irene. A jovem corvinalina sempre olhava para o chão e para as paredes das estufas a procura de vinhas perdidas que pudessem repetir os feitos da vinha da Ditamínea. Sempre que o morangueiro lançava uma leva de morangos sobre a estufa número um, Irene se encolhia procurando o causador de tamanho rebuliço, temendo que suas pernas fossem presas novamente.
A pior experiência de Alvo naquele primeiro de dezembro fora quando ele, acompanhado de Escórpio e Rosa, deixou a sala de Artes dos Trouxas em direção ao Salão Principal para almoçar. Alvo e Escórpio mal prestaram atenção no que o Prof McNaught explicara sobre cores simétricas e assimétricas. A maior parte do tempo eles travavam guerras fictícias com suas varinhas o que, ocasionalmente provocava uma chuva de prata vinda de uma delas. O que irritava muito Rosa que não acreditava como os dois poderiam ser tão infantis e como poderiam ter tanto descaso com um professor tão fantástico como McNaught.
– Rosinha, eu não sei se está lembrada, mas este homem está tramando algo suspeitíssimo! – chiou Alvo às portas do Salão Principal.
– Suspeito ou não ele ainda é fantástico. Quero dizer, gosto de Artes dos Trouxas. E quem te deu permissão para me chamar de Rosinha?! – reclamou Rosa com as orelhas enrubescendo. – Só meu pai me chama assim.
– Será mesmo que Alvo Potter pode ser tão retardado quanto o pai? – perguntou uma voz feminina e gozadora às suas costas.
– Cuide de sua vida – resmungou Alvo dando de ombros para Rosier e suas amigas.
– Nós tentamos, Potter-Áspide – retrucou Pucey irônica, utilizando o novo apelido inventado pelo grupo de Finnigan. – Mas como podemos fazer isto em segurança se seu pai mal consegue comandar os aurores?
– É verdade – concordou Montague com uma espécie de ronronado. – Sempre ouvi bastante sobre Harry Potter. Mas pelo que diz o Profeta, Harry Potter é um daqueles que lança feitiços para depois saber quem são suas vítimas – e riu estranhamente como aquilo fosse algo que ela gostasse muito de fazer.

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