Capítulo
Dezessete
Um Beijo Indesejável
–L
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umus! – disse Rosa acendendo a
ponta de sua varinha.
Logo depois da janta, quando todos os alunos
estavam dispensados para retornarem para suas salas comunais Alvo, Escórpio e
Rosa correram até o alto da Torre Norte, sem dar ouvidos a ninguém. Eles
decidiram ir para o dormitório da Grifinória, pois tinham certeza que Alvo não
seria tão mal visto entre os grifinórios tanto quanto Rosa e Escórpio seriam se
fossem para a sala comunal da Sonserina.
Os três se dirigiram até o dormitório de Escórpio
e Agamenon. Estava escuro, frio, a névoa era densa e gelada do lado de fora e o
vento uivava com força. Naquele instante Alvo ficou curioso com a quantidade de
dias feios e frios daquele ano.
Assim que eles giraram na direção do dormitório
dos meninos, Alvo esperava que algo engraçado acontecesse com Rosa assim como
acontecera com Ash quando ele acidentalmente se dirigiu ao dormitório feminino
da Sonserina, mas nada semelhante aquilo ocorreu.
Pouco depois de seu encontro com o Prof
Buttermere, Alvo contou aos amigos sobre as palavras do professor e como ele
encarou tais afirmações. Em seguida contou sobre Régulo e como ele poderia ser
valioso para os três, sem falar que eles poderiam descobrir quem realmente
conjurara o Percimpotens Locomotor
que devastou boa parte de Hogwarts.
Eles entraram rapidamente no dormitório e
trancaram a porta, fecharam as janelas e as cortinas vermelhas. Alvo abriu a
mochila e colocou Régulo na cama onde Agamenon dormia. Ele tocou novamente no
boneco de cera e pediu que ele voltasse à vida e deixasse de ser apenas um
brinquedo de cera para enfeitar um armário. Como da primeira vez que foi
convocado, Régulo esquentou e sua cera ficou quente. Com um gemido ele
despertou de seu sono e reclamou devido à escuridão, então Rosa acendeu sua
varinha.
– Oh, menina ruiva, não é porque sou um boneco que
não posso ficar cego! – reclamou, tentando se equilibrar na colcha da cama, mas
mostrando dificuldades devido ao fato de não ter mais pernas, Régulo conseguiu
ficar ereto e tentou socar a varinha de Rosa para longe de seu rosto. – O que é
isso? Um sequestro? Vocês humanos agora acham que podem fazer o que bem
entenderem comigo só porque são maiores e tem pés? E dá para tirar a luz da minha cara?
Rosa se sentiu acanhada por um instante e recolheu
a varinha, ascendendo depois as luzes do dormitório para não mergulhar na
completa escuridão do início de noite.
– Então você é mesmo um shabti, como nos livros sobre a Casa da Vida que o Prof Buttermere
escreveu? – ela perguntou, sem rodeios.
– Não sou obrigado a te responder nada!
– Então eu ordeno que você fale! – retrucou Alvo,
já temendo que tivesse de ser bem específico com o boneco.
Os três já haviam bolado
uma estratégia para como fazer com que Régulo colaborasse com eles. Seria como
um interrogatório de uma serie policial. Rosa seria a inquiridora, aquela que
faria perguntas elaboradas e teria cuidado com as